Em Anapu, nada mudou
Há exatamente 6 anos passados a irmã norte-americana Dorothy Stang, de 73 anos, que lutava pela defesa da terra contra a exploração de grileiros e madeireiros, era assassinada, no município paraense de Anapu. Embora alguns dos mandantes e o assassino tenham sido condenados, entretanto a situação no campo não mudou nada.
A violência continua e o município de Anapu continua sendo um território de constante conflito promovido pelos grileiros e madeireiros contra os assentados. Por isso, aproveitando a data que lembra a covardia desencadeada pelos exploradores da terra, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) resolveu divulgar uma nota onde pede que as autoridades dos governos federal e estadual intervenham para que termine a violência que vem crescendo na região de Anapu. Em 2010, 18 trabalhadores do campo foram assassinados no Pará. A violência vem sendo disseminada em toda a Amazônia.
“No mês de janeiro, conforme foi noticiado pela imprensa nacional, os assentados do PDS Esperança, onde Dorothy foi morta, bloquearam as estradas que davam acesso à área para impedir a continuidade da retirada ilegal da madeira. Com essa ação, os assentados pretenderam chamar a atenção das autoridades para a completa falta de fiscalização e controle dos órgãos públicos na região”, afirma a nota.
A nota afirma ainda que madeireiros estão cooptando os sindicatos dos trabalhadores e famílias que vivem no assentamento, o que estabelece mais violência entre os assentados.
Fonte: www.afinsophia.wordpress.com
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