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terça-feira, 20 de abril de 2010

PAPO JOVEM

Entenda a analogia da vida Cristã com Nárnia - Parte II
 

A pergunta que Aslam faz a Pedro sobre sua crença nas profecias de Nárnia simboliza a importância da fé do apóstolo Pedro e da Igreja como um todo nas profecias do Antigo Testamento e do próprio Cristo. A alegação de incapacidade que Pedro utiliza nessa hora simboliza a humildade dos vocacionados cristãos que percebem a própria miséria diante da gloriosa missão à qual foram chamados. Ser nomeado rei simboliza o batismo, pelo qual o cristão é rei, sacerdote e profeta.

A prova de Pedro, ao enfrentar o lobo sozinho, simboliza as provas pessoais que um cristão deve enfrentar na sua vida de fé. Os presentes que Pedro, Suzana e Lúcia recebem do Papai Noel simbolizam sacramentos. A espada de Pedro representa a Palavra do Evangelho que corta e penetra. A “magia profunda” que Aslam cita e à qual ele se sujeita simboliza o poder do Pai e a sujeição de Cristo, como Filho amado, ao Pai.

A Lei de Nárnia simboliza a Lei de Moisés do Pentateuco. A Feiticeira Branca, nesse aspecto, simboliza o diabo que exige para si o sangue dos pecadores. A horda de seres sinistros que acompanham o sacrifício comandado pela feiticeira simboliza a hora de demônios do inferno. O momento do sacrifício simboliza a “hora das trevas”. O Leão que se deixa sacrificar simboliza o Messias inocente que morre pelos pecadores. A agonia pela qual o Leão passa na véspera do sacrifício simboliza a agonia de Nosso Senhor Jesus Cristo no Getsêmani. Suzana e Lúcia, nesse episódio, ao consolarem Aslam, simbolizam os apóstolos que estavam mais próximos de Jesus naquele momento: João, Pedro e Tiago.

A pedra que se quebra na mesa da montanha simboliza a cortina rasgada do templo com a morte de Jesus, isto é, simboliza o fim da vigência das leis de Moisés para aqueles que morreram e ressuscitaram com Cristo. A ressurreição do Leão simboliza a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. A presença de Suzana e Lúcia ali na ressurreição de Aslam simboliza o testemunho da ressurreição do Cristo que foi dado por Maria Madalena.

A tropa comandada pelo rei Pedro simboliza a Igreja militante que luta contra as tentações, contra o pecado e contra as forças do mal que se manifestam na vida humana terrestre. O próprio Pedro simboliza o Apóstolo Pedro, pedra na qual a Igreja foi construída. A diversidade de seres que pertencem ao exército de Aslam simboliza a diversidade de ministérios na Igreja. O pedido que Edmundo, o Justo, faz a Pedro para lutar na batalha, alegando a necessidade de salvação do povo de Nárnia, simboliza o compromisso do cristão convertido com o resto da Igreja.

A tropa que chega posteriormente com Aslam, Suzana e Lúcia simboliza o grupo de convertidos posteriormente, libertos da petrificação ou do pecado. Em certo sentido, simboliza aqueles justos que morreram antes da vinda de Cristo e foram libertos por Ele quando desceu “à mansão dos mortos”. Os petrificados, enquanto impotentes para ajudar a si mesmos, também podem simbolizar a Igreja que não pode se ajudar, mas depende das orações dos outros, isto é, as almas do purgartório.

A tropa que comemora a vitória no castelo simboliza a Igreja Triunfante dos santos que comemoram a vitória sobre a morte do pecado. O elixir que Lúcia oferece para curar Edmundo simboliza os sacramentos, especialmente a confissão e a eucaristia, forças espirituais que resgatam as forças do pecador caído.

As características principais do reino de Nárnia, com seus castelos, cavaleiros e seus reis nomeados por Aslam, simbolizam os reinos cristãos que existiram na Idade Média, quando os reis atribuíam sua autoridade à submissão a Cristo, simbolizado na Igreja.

O fato de que, mesmo depois de serem reis, os quatro protagonistas ainda precisam voltar à vida normal de antes, onde serão governados por Marta, simboliza o fato de que os cristãos continuam vivendo como pessoas normais no mundo, sujeitos às autoridades políticas, mesmo depois de experimentarem realidades sobrenaturais enquanto participam do corpo mítico de Cristo. É uma tensão permanente para o cristão, que é simbolizada na sua dupla cidadania, terrestre e celeste. Por outro lado, a obediência de Marta ao professor simboliza a submissão ideal dos poderes temporais do Estado ao poder espiritual da Igreja.

O afastamento de Aslam no final simboliza a Ascensão de Cristo que voltou para o Pai. O fato do leão não ser “domesticado” simboliza a liberdade de Cristo em relação às instituições religiosas: “o Espírito sopra onde quer”. A mensagem dada pelo professor a Lúcia após os créditos, de que ela poderá voltar a Nárnia quando menos espera, simboliza a mensagem profética da volta de Jesus em um momento que ninguém poderá prever.
 
FIM
 
Fonte: Desconhecida
 

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