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sexta-feira, 26 de março de 2010


Por que os padres não podem se casar?

A princípio, padres não se casavam por opção, para dedicar 100% do tempo e das energias à oração e à pregação - da mesma forma que Jesus Cristo. Em 1139, ao final do Concílio de Latrão, contudo, o matrimônio foi proibido oficialmente a membros da Igreja. Embora a decisão tenha se apoiado em passagens bíblicas - como "É bom para o homem abster-se da mulher" (presente na primeira carta aos Coríntios) -, uma das razões mais fortes para a transformação do celibato (como é conhecida a proibição do casamento) em regra foi o que, já naquela época, ditava as regras da humanidade. Fé? Nada disso. Grana! Na Idade Média (do século 5 ao 15), a Igreja Católica alcançou o auge do seu poder, acumulando muitas riquezas, principalmente em terras. Para não correr o risco de perder bens para os herdeiros dos membros do clero, o melhor mesmo era impedir que esses herdeiros existissem. Isso não fez muita diferença para os monges, que, por opção, já viviam isolados em mosteiros, mas em algumas paróquias a proibição gerou discórdia. A maior delas ocorreu no começo do século 16 e foi uma das razões pelas quais o cristianismo passou pelo seu maior racha: Martinho Lutero rompeu com o papa e criou a Igreja Luterana, que permitia o casamento dos seus pastores - e permite até hoje (veja o quadro abaixo). Depois da Reforma Protestante, a Igreja Católica reafirmou o celibato, definindo no Concílio de Trento, em 1563, que quem o rompesse seria expulso do clero. A regra se manteve até 1965, quando o papa Paulo VI permitiu que padres se casassem e continuassem freqüentando a Igreja (sem a função de padres, claro). Para conseguir essa liberação, o padre noivo precisa enviar um pedido ao Vaticano e esperar a autorização, que pode demorar até dez anos. "João Paulo II tornou o processo mais demorado, mas Bento XVI está limpando a mesa", diz o teólogo Afonso Soares, professor da PUC-SP. Além de promover a tal limpeza, o novo papa surpreendeu, em agosto do ano passado, ao aceitar que o ex-pastor anglicano David Gliwitzki, casado e pai de duas filhas, e tornasse padre.

Mulher do padre
Veja como outras religiões tratam a vida amorosa de seus sacerdotes

Judaísmo

Rabinos podem ter relacionamentos e se casar. A única recomendação é que a esposa seja judia

Budismo

Não reconhece nenhum ser superior capaz de dar ordens de conduta, mas monges e monjas vêem a abstinência sexual como algo que eles devem se esforçar a aprender

Cristianismo protestante

Pastores (batistas, metodistas, da Assembléia de Deus ou de qualquer outra corrente) podem se casar. Entre os luteranos, há grupos de monges que, por opção, adotam o celibato

Cristianismo Ortodoxo

Homens casados podem virar padres, mas dificilmente serão promovidos a bispos. A regra é a mesma em correntes católicas orientais, como a maronita e a ucraniana

Islamismo

Qualquer homem (no islamismo, não há sacerdotes como no catolicismo) não só pode como deve ter quatro esposas, se puder sustentá-las, é claro. As mulheres, por outro lado, só podem ter um marido

Fonte: Mundo Estranho


3 comentários:

  1. Caraca eu juro que nunca imaginava pela razao seria pela grana!

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  2. A Igreja é muito sábia em todas as suas decisões... Todos os Apóstolos largaram tudo, esposa, filhos, família, para se dedicar inteiramente ao ministério. Se nossos poucos sacerdotes, hoje fossem casados, seria muito mais difícil para eles dividirem as funções familiares e as de Deus. Imaginem uma situação: O Padre está celebrando uma missa, e de repente sua esposa liga, pedindo para ele a buscar no shopping... O que o padre faria? Largaria a missa pela metade? Não se pode servir a dois senhores... Aliás, o Padre já é casado: com a Igreja.

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  3. É claro... A Igreja não tem condições de sustentar, além do padre, a sua família, pagar pensões, em caso de separação, heranças, indenizações, entre outras coisas... Naquela época, até que poderia,pois a Igreja tinha muitas posses... mas hoje em dia??? Impossível. A Igreja mal se sustenta suas despezas normais. Pense numa Paróquia que está começando, o quão grande é a dificuldade... Além do mais, como poderia ser para a Igreja, vendo seu dízimo sendo gasto com despezas pessoais de terceiros? Creches para filhos, escola particular, faculdades, salão de beleza, manicure, compras em shopping, viagens de férias, cruzeiros??? Seria uma grande contradição, e a Igreja, Graças a Deus, não quer passar por essas situações . Assim como o matrimônio tem suas regras, a ordem é uma fidelidade com Deus,o sacerdote se dedica inteiramente ao Serviço de Deus e do seu povo. O padre não tem tempo para outras coisas senão às coisas de Deus.

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