O Sacramento da Crisma - Parte I
O inesquecível Papa Paulo VI, em sua Constituição apostólica sobre o sacramento da Crisma “Divinae Consortium Naturae” (Participação na natureza divina) afirma que: “Os fiéis, de fato renascidos no Batismo, são fortalecidos pelo sacramento da Crisma e, depois, nutridos com o alimento da vida eterna na Eucaristia. Assim, por efeito destes sacramentos da iniciação cristã, estão em condições de saborear cada vez mais os tesouros da vida divina e de progredir até alcançar a perfeição da caridade”.
O QUE É A CRISMA?
Normalmente dizemos que aquilo que não conhecemos não amamos. Talvez seja este o motivo porque ainda não nos acostumamos a encarar o sacramento da Crisma com um olhar novo, diferente. Sem dúvidas, é o sacramento que menos conhecemos, embora, ultimamente, haja um esforço muito grande em todas as comunidades para aprofundá-lo e conhecê-lo mais e melhor.
Muitos pensam ainda que a Crisma seja apenas “um assumir conscientemente o Batismo”. Esta afirmação não é verdadeira porque, se fosse só isso, não seria sacramento. Há algo de mais profundo nela, e isto a torna sinal de salvação.
Outros, mais esclarecidos, dizem que de certa forma ela completa a obra iniciada no Batismo. E vão mais longe dizendo que a Crisma é o assumir conscientemente a missão e a tarefa do cristão no mundo.
De fato, é o sacramento da maturidade cristã na qual a pessoa passa a assumir por si mesma o compromisso de levar adiante a Boa Nova da salvação, através de seu testemunho vivo de fé e amor. Essa maturidade cristã não é mágica. Ela não nos é entregue pronta e acabada como uma roupa feita.
SACRAMENTO DA MATURIDADE CRISTÃ
“A Crisma é o sacramento da maturidade cristã porque nela nos é feita a entrega do Espírito Santo prometido pelo Pai e o dom de Jesus morto e ressuscitado.
E o Espírito leva-nos à maturidade na medida de nossa livre resposta e de nosso compromisso: maturidade na fé, esperança e caridade, maturidade na oração; maturidade na luta contra as falsas miragens do mundo e do demônio; maturidade para participar e criar a comunidade eclesial em meio às limitações e conflitos próprios de todo grupo humano; maturidade para levar adiante com fortaleza e entusiasmo a missão evangelizadora própria dos discípulos de Jesus.
Essa obra de crescimento na fé prolonga-se até o combate final e o encontro definitivo com o Senhor”.
Continua...
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