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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

PALAVRA DA IGREJA

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Santidade cotidiana para transformar o mundo, alenta o Papa Bento XVI

Em sua habitual catequese da audiência geral desta quarta-feira que presidiu no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo ante umas quatro mil pessoas, máxima lotação deste recinto, o Papa Bento XVI fez uma profunda reflexão sobre o martírio e como este ato constitui expressão total do amor a Deus. Esta entrega de muitos irmãos, explicou, constitui um grande estímulo para lutar pela santidade cotidiana que transforme ao mundo.

O Santo Padre recordou ao iniciar sua catequese a uma série de mártires de diversas épocas como São Lorenzo, do século III; São Ponciano, Papa, o sacerdote São Hipólito; e mais recentemente Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) e São Maximiliano Kolbe, quem morreu pela fé durante a Segunda guerra mundial; quem a Igreja recorda nestes dias.

"Onde se funda o martírio? A resposta é simples: na morte de Jesus, em seu sacrifício supremo de amor, consumado na Cruz para que pudéssemos ter vida. Cristo é o servo sofredor do qual fala o profeta Isaías, que se doou a si mesmo em resgate por muitos. Ele exorta seus discípulos, a cada um de nós, a tomar cada dia a própria cruz e segui-lo no caminho do amor total a Deus Pai e à humanidade", assinalou o Papa.

Com a lógica do grão de trigo que morre na terra para dar fruto, continuou Bento XVI, "o mártir segue o Senhor até o final, aceitando livremente morrer pela salvação do mundo, em uma prova suprema de fé e de amor".

A força do martírio, disse logo o Papa Bento, nasce "da profunda e íntima união com Cristo, porque o martírio e a vocação ao martírio não são o resultado de um esforço humano, mas resposta a uma iniciativa e a uma chamada de Deus, são um dom de sua graça, que faz capazes de oferecer a própria vida por amor a Cristo e à Igreja, e assim ao mundo".

"Se lemos –prosseguiu– a vida dos mártires ficamos assombrados pela serenidade e a coragem de confrontar o sofrimento e a morte: a potência de Deus se manifesta plenamente na debilidade, na pobreza de quem se confia a Ele e põe somente nele a própria esperança".

É importante sublinhar, precisou o Santo Padre, "que a graça de Deus não suprime ou sufoca a liberdade de quem enfrente o martírio, mas ao contrário a enriquece e a exalta: o mártir é uma pessoa extremamente livre, livre em relação ao poder, ao mundo, uma pessoa livre, que em um único ato definitivo entrega a Deus toda sua vida, é um supremo ato de fé, de esperança e de caridade, abandona-se nas mãos de seu Criador e Redentor, sacrifica a própria vida para ser associado em modo total ao Sacrifício de Cristo na Cruz".

"Em uma palavra, o martírio é um grande ato de amor em resposta ao imenso amor de Deus", destacou.

Depois de recordar que provavelmente "não estejamos chamados o martírio", o Papa advertiu que "nenhum de nós está excluído da chamada divina à santidade, a viver em alta medida a existência cristã e isto implica tomar a cruz de cada dia sobre si".

Finalmente Bento XVI indicou que "todos, sobre tudo em nosso tempo no qual parecem prevalecer o egoísmo e o individualismo, devemos assumir como primeiro e fundamental aquele esforço de crescer cada dia em um amor maior a Deus e aos irmãos para transformar nossa vida e transformar assim também nosso mundo".

Falando na nossa língua, Bento XVI saudou os peregrinos de língua portuguesa presentes no encontro:
“Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação de boas-vindas para todos, nomeadamente para os grupos vindos do Brasil e para os fiéis portugueses da diocese do Porto. Cristo chama todos os batizados à santidade. Que o exemplo e a intercessão dos mártires vos ajude a assumir o empenho de crescer a cada dia no amor a Deus e aos irmãos para que assim possais transformar o mundo! Que Deus abençoe a vós e as vossas famílias.”

Fonte: ACI

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