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sexta-feira, 9 de julho de 2010

JÁ NEWS


Igreja revela nome dos 5 dissidentes que serão soltos em breve em Cuba
 Eles já foram avisado da libertação e de que serão enviados à Espanha. Acordo com o governo cubano prevê soltura de 52 oposicionais em 4 meses.

O Arcebispado de Havana anunciou nesta quinta-feira (8) o nome dos cinco presos políticos cubanos que devem ser soltos em breve e levados à Espanha.

Os presos são Antonio Villarreal, 60 anos, condenado a 15 de prisão; Léster González, 33 anos, condenado a 20 de prisão (ambos da província de Villa Clara); Luis Milián, 40 anos e condenado a 13 de prisão (Santiago de Cuba); José Luis García, 45 anos e condenado a 24 (Tunas); e Pablo Pacheco, 40 anos, condenado a 20 (Ciego de Avila).

Moralinda Paneque, mãe de José Luis García, afirmou à AFP por telefone em Tunas que seu filho já tinha sido avisado pelo cardeal e que ligou para ele para dar a notícia. Mais cedo, a Igreja Católica havia divulgado as identidades dos seis presos que devem ser transferidos para penitenciárias próximas de suas casas, conforme anunciado na véspera.

No comunicado, a Igreja cubana diz que serão transferidos para centros penitenciários de suas províncias, nas próximas horas, Nelson Molinet, Claro Sánchez Altarriba, José Daniel Ferrer García,  Marcelo Manuel Cano Rodríguez, Ángel Juan Moya Acosta e Luis Enrique Ferrer García.

Na véspera, a Igreja anunciou que o governo de Cuba vai libertar 52 presos políticos. A nota informava que cinco dos presos deveriam ser soltos nas próximas horas, e os outros 47 em um período entre três ou quatro meses. Outros seis seriam transferidos para prisões mais próximas de suas casas. O governo cubano ainda não falou sobre o assunto.

Os 52 dissidentes que serão soltos são os que ainda restavam do Grupo dos 75, presos em 2003, na chamada "Primavera Negra". Devido ao caso dos 75 políticos detidos, a União Europeia (UE) impôs sanções a Cuba, levantadas temporariamente em 2005 e definitivamente em 2008 por iniciativa ds Espanha que, nos últimos anos, tentou aproximar Havana e Bruxelas.

 O cardeal Jaime Ortega e o chanceles da Espanha, Miguel Angel Moratinos, durante encontro nesta terça-feira (6) em Havana.

A libertação foi comunicada em um encontro do presidente de Cuba, Raúl Castro, com o cardeal Jaime Ortega e o chanceler da Espanha, Miguel Angel Moratinos, segundo documento divulgado pelo Arcebispado de Havana.

'Tardia, mas bem vinda"
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta quinta que a decisão do governo cubano de libertar 52 dissidentes políticos é tardia, mas ainda assim um "sinal positivo". "Nós estamos felizes pelo aparente acordo entre a Igreja Católica e as autoridades em Cuba pela libertação dos 52 presos políticos", disse Clinton. "Achamos que é um sinal positivo. É algo tardio, mas ainda assim muito bem vindo."
Pressão internacional
A Igreja Católica cubana vinha fazendo desde 19 de maio a mediação para tentar a soltura dos dissidentes.
Cuba está sob forte pressão internacional após a morte do dissidente Orlando Zapata Tamayo, em 23 de fevereiro, depois de uma greve de fome, e desde então amenizou sua política para dissidentes, considerados mercenários a trabalho dos EUA.

Outro dissidente, Guillermo Fariñas, está em greve de fome há 134 dias pela soltura de 25 presos políticos doentes, que devem estar no grupo a ser libertado. Ele se disse cético a respeito do anúncio desta quarta-feira.

Entidades pró-direitos humanos avaliaram nesta semana que o regime comunista da ilha ainda tem 167 dissidentes atrás das grades, incluindo dez em liberdade condicional.
Se confirmada, a libertação deve ter impacto positivo nas relações de Cuba com os Estados Unidos e a Europa.

A libertação seria a maior desde 1998, quando 101 prisioneiros políticos estavam entre os cerca de 300 detentos soltos após a visita do papa João Paulo II.

Fonte: http://www.g1.globo.com

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