Juventude ativa!

domingo, 31 de janeiro de 2010

PAPO JOVEM |


A castidade, um belo desafio para o jovem


O filósofo francês, católico, Paul Claudel, disse certa vez que : “a juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio”. Que frase linda! De fato, o que engrandece a vida de um jovem é ele ter um ideal na vida e saber enfrentar os desafios para realizá-lo. Se você quer um dia construir uma família sólida, um casamento estável e uma felicidade duradoura, então precisa plantar hoje, para colher amanhã. Ninguém colhe se não semear. Na carta aos Gálatas, São Paulo diz: “De Deus não se zomba. O que o homem semeia, isto mesmo colherá.”(Gl 6,7) No início da minha adolescência, foi-me colocado nas mãos, um grande livro, chamado O Brilho da Castidade, de Monsenhor Tiamer Toth. Nos meus 13 anos eu li aquelas páginas e me encontrei com a grandeza dessa bela virtude.

E o que mais me atraía para ela era exatamente o “desafio que representava” para um jovem, que começa a viver nesta fase, o fogo das paixões. Não me esqueço daquela frase do Monsenhor, que dizia: “Se eu tivesse que dar uma medalha de ouro a um general que ganhou uma guerra, ou para um jovem que vive a castidade, eu a daria para esse último”. Eu disse, para mim mesmo: 'eu quero esta Medalha!' A tal ponto fiquei entusiasmado com a beleza e o desafio da castidade, que tomei a decisão de vivê-la; isto é, ter vida sexual apenas no casamento; “nem antes dele e nem fora dele”. E não me arrependo, pelo contrário! Sou grato aos que me ensinaram a vivê-la. Depois de mais de trinta anos, hoje casado e com cinco filhos, vejo o quanto aquela decisão foi importante na minha vida. Nos Encontros de casais e de família, por este Brasil a fora, não me canso de repetir o quanto isto foi fundamental para a felicidade do meu casamento, do meu lar e dos meus filhos. Entre as muitas vantagens que o livro apontava, ressaltava a importância do “auto-domínio” sobre as paixões e más inclinações do coração de um jovem, preparando-o, com têmpera de aço, para ser um verdadeiro homem, e não um frangalho humano que se verga ao sabor dos ventos das paixões. Dizia o autor que “ser homem não é dominar os outros, mas dominar-se a si mesmo”. E que, se o jovem não se exercitasse na castidade antes do casamento, depois de casado não teria forças para ser fiel à sua esposa ou a seu marido.Tudo aquilo me encantava e desafiava ... Além disso, ensinava Tiamer Toth, que a castidade era garantia de saúde para o jovem, tônico para o seu pleno desenvolvimento físico e mental, dissipando todas as mentiras de que a vida sexual é necessária antes do casamento. Alguns anos depois, lendo o belo livro de João Mohana, A vida sexual de solteiros e casados, pude confirmar todas essas vantagens da castidade para a saúde do jovem, seja em termos de vigor físico e mental, seja em termos de prevenções às doenças venéreas; e, hoje, especialmente a AIDS. Os homens e mulheres que mais contribuíram para o progresso do ser humano e do mundo, foram aqueles que souberam dominar as suas paixões, e, sobretudo viver a castidade. Fico impressionado de observar como têm vida longa, por exemplo, a maioria dos nossos Bispos católicos, e tantos sacerdotes que sempre guardaram com carinho a castidade. Se ela fosse prejudicial à saúde, não teríamos tantos bispos, padres e freiras, tão idosos, felizes e equilibrados. Você já ouviu falar que algum deles colocou fim à própria vida, por infelicidade? Não. Vivem a vida toda servindo a Deus com alegria, e vivem longos anos.

Depois das décadas de 60 a 80, que tristemente quiseram sepultar a castidade, vemos hoje ela ressurgir com todo o seu vigor e brilho, exatamente na hora da angústia da AIDS. O mundo todo redescobre o seu grande valor. Para dar apenas um exemplo dessa “contra-revolução sexual ” cito o caso de milhares de jovens americanas, de 13 a 21 anos, do movimento True Love Waits (O Verdadeiro Amor Espera), lançado em 1994 na cidade de Baltimore, capital do estado de Maryland, Estados Unidos, as quais prometeram, por escrito, manter-se virgens até o dia do casamento. O pacto que assumiram diz o seguinte: “Acreditando que o verdadeiro amor espera, eu me comprometo diante de Deus, de mim mesma, minha família, meu namorado, meu futuro companheiro e meus futuros filhos a ser sexualmente pura até o dia em que entrar numa relação de casamento” (Jornal do Brasil, Ana Maria Mandin, 12/03/94). Este forte movimento, segundo seus líderes, atingiu 500 mil assinaturas até 29 de julho/94, quando foi realizada uma marcha de jovens a Washington. Esta campanha já espalhou pelo mundo todo. É relevante observar, o que disse Chip Alkford, um dos líderes do movimento: “Nunca pensamos que os jovens se interessariam tanto numa época em que a sociedade estimula a iniciação sexual cada vez mais cedo e quem não segue a onda é considerado esquisito”. Este exemplo não é único, e mostra o renascer da castidade. Quando o Papa João Paulo II esteve nas Filipinas, em janeiro de 1995, na “Jornada Mundial da Juventude”, houve uma concentração de 4 milhões de pessoas para participar da missa que ele celebrou em Manila. Nesta ocasião um grupo de cinquenta mil jovens entregou ao Papa um abaixo assinado se comprometendo a viver a castidade. Que maravilha! 

Que maravilhoso exemplo a mostrar que o Santo Padre está certo em seus ensinamentos sobre a necessidade de se falar aos jovens sobre a beleza e grandeza da castidade. Ela é a virtude que mais forma homens e mulheres de verdade, de acordo com o desejo de Deus, e os prepara para constituir famílias sólidas, indissolúveis e férteis. O homem não é apenas um corpo; tem uma alma imortal, criada para viver para sempre na glória de Deus. Isto dá um novo sentido à vida. Não fomos criados para nos contentarmos apenas com o prazer sexual passageiro. Fomos feitos para o Infinito, e só em Deus satisfaremos plenamente as nossas tendências naturais. Desgraçadamente a nossa sociedade promove hoje o sexo acintoso, sem responsabilidade e sem compromisso, e depois se assusta com as milhões de meninas grávidas, estupros, separações, adultérios, etc. É claro, quem planta ventos, colhe tempestades. Vemos hoje, por exemplo, esta triste campanha de prevenção à AIDS, através do uso da “camisinha”. De maneira clara se passa esta mensagem aos jovens: “pratiquem sexo à vontade, mas usem o preservativo.” Isto é imoral e decadente. Será que não temos algo melhor para oferecer, principalmente, aos jovens? A moral e a ética exigem ensinar aos jovens o auto-controle de suas paixões, vencer a AIDS pela castidade, e não pelo uso vergonhoso da “camisinha”, que incentiva ainda mais a imoralidade.

TENHA ATITUDE


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