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terça-feira, 20 de outubro de 2009

JÁ! NEWS!

Escritor com Prêmio Nobel faz declarações ofensivas a respeito da Bíblia

A polêmica ocasionada pelas declarações de José Saramago com respeito à Bíblia, que o escritor português classificou como “um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade”, suscitaram reações de membros da Igreja em Portugal que procuraram responder aos comentários deste escritor, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1998.

Em declarações à Agência ECCLESIA, Dom Manuel Clemente, Bispo do Porto e presidente da Comissão Episcopal responsável pela área da cultura, indica que "uma personalidade como José Saramago, que tem mérito literário inegável, deveria ser mais rigoroso quanto fala da Bíblia, porque não se pode dizer dos fatos e dos autores bíblicos o que Saramago diz”. O Bispo afirma que “bastaria ler a introdução a qualquer livro da Bíblia, nomeadamente o Gênesis, para saber que são leituras religiosas acerca da história de Israel”, depois recolhidas como “história bíblica para todos os cristãos e todos os crentes”.

Dom Clemente diz que Saramago utilizou um discurso de “tipo ideológico, não histórico nem científico” e que o escritor revela ingenuidade quando incursiona nos temas bíblicos.

Por sua parte o Pe. Manuel Morujão, secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), lamenta a “superficialidade” com que Saramago se debruçou sobre a Bíblia, considerando que “entrar num gênero de ofensa não fica bem a ninguém, sobretudo a quem tem um estatuto de prêmio Nobel da Literatura”, afirmou o sacerdote.

“Uma crítica não deve ser uma ofensa, deve ser feita com respeito e humildade”, acrescenta o secretário da CEP ao considerar que as afirmações do Nobel da Literatura “ferem os sentimentos de mais de 2 mil e milhões de crentes”.

Por sua parte o biblista português Fernando Ventura, Capuchinho, acrescenta que Saramago tem a exigência intelectual de informar-se antes de escrever.

“A Bíblia pode ser lida por alguém que não tem fé, mas supõe alguma honestidade intelectual de quem o lê”, afirmou, acusando Saramago de “uma falta gigantesca” dessa honestidade considerando que o escritor se debruçou “sobre um âmbito que não domina”.
“Não saber situar o texto no contexto é imperdoável para um escritor”, afirma o perito franciscano.

Entretanto, o biblista espera que esta polêmica sirva como “provocação” para que os católicos se questionem sobre a melhor maneira de responder a um “golpe publicitário” que alcança um meio marcado por uma “atroz ignorância bíblica”.

Apesar de admitir a ignorância de muitos católicos com relação à Bíblia, o P. Manuel Morujão diz que um escritor da altura do José Saramago tem mais responsabilidades que o cidadão comum. Para o sacerdote lusitano, o “estatuto Nobel” não lhe outorga (a Saramago) o direito de entrar em campos que “não conhece suficientemente” e recomenda “humildade” nas opiniões, para que estas não se pressentem como “pseudodogmas”. A nota publicada pela agência Ecclesia conclui com a declaração do Pe. Morujão alentando a que se promova “muito mais a cultura bíblica” e o conhecimento dos textos sagrados.

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